quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Zumbi e Palmares, a resistência negra contra a escravidão

João Carlos Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

O negro é uma folia/ de dores e sentimentos/ é corpo velho salgado/ é jovem querendo vento/ é busca de liberdade/ em canto, guerra e lamento” (Como Negro – Paulo Ricardo de Moraes)

Os descendentes de Zumbi, como o poeta e jornalista Paulo Ricardo de Moraes, autor do poema Como Negro, publicado no livro O Garçom e o cliente – no Balcão do Naval, carregam o DNA libertário do último rei do quilombo dos Palmares. A luta de Zumbi pela liberdade absoluta atravessa mais de três séculos como uma das principais bandeiras de resistência à escravatura, à subjugação e à exploração da mão-de-obra. Por isso, Zumbi e o quilombo dos Palmares continuam inspirando poetas e servindo de exemplo para novas frentes de batalha em busca da plena cidadania.

O quilombo dos Palmares não foi apenas uma “sociedade guerreira”. Foi também um tipo de organização social que se contrapôs ao modelo colonial imposto por Portugal ao Brasil. Essa república negra dentro do estado escravagista brasileiro nasceu com a fuga de 40 escravos de um engenho de Porto Calvo, no sul de Pernambuco. Depois de massacrar a população livre do engenho, eles se afastaram da Zona da Mata, e chegaram à Serra da Barriga, região hoje pertencente a Alagoas, onde começaram a erguer Palmares. Confira a matéria na íntegra aqui.

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