quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A comunicação e os jornalistas foram notícia em 2008

Os meios de comunicação e seus profissionais foram notícia no ano passado. Confira abaixo a retrospectiva do Comunique-se.


Janeiro
• Desde setembro de 2007 fora do ar, quando a TVJB deixou de ser transmitida por uma série de problemas com a Rede Brasil de Televisão e com a CNT, Boris Casoy voltou à televisão, agora na Bandeirantes. Ele foi contratado para apresentar um telejornal na hora do almoço, mas a Band mudou de planos e o fez ancorar o Jornal da Noite.

Fevereiro
• Cinco ações contra o jornal Extra (RJ), 50 contra a Folha de S. Paulo e 35 contra A Tarde (BA) deram início a uma enxurrada de processos na Justiça movidos por fiéis, pastores e pela própria Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). A maioria das ações foi movida nos mesmos dias ou dias próximos, os textos eram iguais ou muito parecidos e só mudavam a assinatura de advogados e a comarca, o que dificultou e muito o trabalho dos advogados de defesa. Uma das reportagens, a publicada pela Folha, assinada por Elvira Lobato, "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", foi a grande vencedora da 53ª edição do Prêmio Esso.

• Uma imagem de Milton Neves entre a Record e a Band, com vários coraçõezinhos em volta. Foi assim que o comentarista e apresentador de TV anunciou sua saída da Record para a Band – marca de uma “rescisão amigável”. Neves levará consigo o programa Terceiro Tempo, mesmo nome de sua empresa, que continua aos domingos à noite, das 21h30 às 23h30.

Março
• O apresentador Herbeth de Souza, do programa Aqui Agora, foi demitido. Segundo a assessoria de imprensa do SBT, Souza teria agredido o produtor Renato Coimbra, durante o programa de 20/03. Souza não teria gostado das observações de Coimbra, pelo enquadramento no vídeo, e teria partido para a agressão. O soco no rosto não foi ao ar. O conflito se deu enquanto uma matéria estava sendo transmitida.

• Em editorial, o diretor presidente do iG, Caio Túlio Costa, explicou que o fim do contrato do portal com o jornalista Paulo Henrique Amorim não tem ligação com o conteúdo que ele publicava no site Conversa Afiada, agora em novo endereço. "Descontinuar colaborações faz parte da vida das empresas e da vida dos jornalistas", escreveu. E afirmou que os custos do contrato e as condições do mercado tornaram inviável a sua manutenção [do site]". Mino Carta comunicou que seu blog também deixaria o portal iG. Sem grandes explicações, Mino diz que se solidarizava com Paulo Henrique Amorim “por razões que transcendem a nossa amizade de 41 anos”.

• Marcelo Tas voltou ao meio que o fez conhecido: a TV. A Band estreou em 17/03 o CQC – Custe o que Custar, programa que mistura jornalismo e entretenimento, com Tas como âncora. Ao vivo, os apresentadores fazem uma revisão dos temas da última semana, seguindo a diretriz de “perguntar o que ninguém teve coragem”.

• Diretor-superintendente da ADS Assessoria de Comunicações, Antonio De Salvo morreu na madrugada de 11/03, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado. Ele lutava há bastante tempo contra um câncer. De Salvo tinha 70 anos. De Salvo foi um dos profissionais da área de Comunicação mais respeitados do País, embora ele não fosse brasileiro –era natural da Sicília, na Itália. Foram mais de 40 anos dedicados ao trabalho de Relações Públicas. Ele fundou a ADS há 37 anos.

• Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado federal (PDT-SP) e líder da Força Sindical, disse que, caso a Folha de S.Paulo reveja a sua postura em “esculhambar” a Força Sindical, pode deixar de entrar com ações contra o jornal. “Se a Folha parar, vamos rever a entrada de ações”, afirmou Paulinho. O líder da Força protestava contra uma série de reportagens da Folha que denunciavam a central sindical. Uma delas, “Ministério do Trabalho lidera convênios irregulares, diz CGU”, de quarta (05/03), da Folha, mostra dados da Controladoria Geral da União, nos quais o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), teria privilegiado ONGs ligadas ao partido – entre elas aparecem as relacionadas à Força Sindical, à CUT e à Associação Nacional dos Sindicatos Social Democratas.

Abril
• O jornalista Roberto Cabrini, da Record, foi preso no dia 15/04 sob a acusação de porte de entorpecentes e tráfico de drogas. Ele foi encontrado num carro que dirigia com dez papelotes de cocaína. Em nota escrita a mão, explicou ter sido preso enquanto se encontrava com uma fonte no PCC, proprietária da droga. O jornalista recebeu DVDs com material que comprovam a entrevista feita com o líder da organização, Marcos Camacho, e que foi investigada pela Secretária de Segurança Pública de São Paulo.

• A grade de programação do SBT em 14/04 já não incluía mais o telejornal Aqui Agora, que estreou dois meses antes. Silvio Santos já havia deixado claro à direção do policialesco que os números de audiência não eram satisfatórios e que se eles se mantivessem no mês de abril o programa mudaria de horário ou deixaria a programação.

• Último dia do prazo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em 07/04 a lei 11.652, que cria a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Lula aprovou todas as modificações feitas na Medida Provisória (MP) aprovada na Câmara e Senado, com exceção do Artigo 31, que foi vetado. O artigo tratava da obrigatoriedade das TVs abertas de repassarem à TV Brasil o sinal de competições em que atletas brasileiros estivessem competindo, e não fossem transmitidas em rede nacional. Negociado no Congresso, o veto já tinha sido adiantado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR).

• Ziraldo Alves Pinto e Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, foram contemplados com as maiores indenizações na Sessão Especial da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, promovida na sexta-feira (04/04) na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio, que julgou o processo de 20 jornalistas. Jaguar receberá uma pensão mensal de 4.375,88 e um retroativo de R$ 1.027.383,29. Ziraldo terá direito ao mesmo valor, e retroativo de R$ 1.000.253,24. Ambos podem recorrer da decisão.

• A reunião de conciliação realizada em 03/04 entre as Redes Globo e Record no Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar) foi bem sucedida. A Record só poderá divulgar que sua liderança limita-se a alguns horários, e não se anunciar como líder de audiência, como fez recentemente ao ironizar a última campanha da Globo, transformando o “Q de qualidade” em “Q de queda de audiência. A Rede Globo apresentou ao Conar denúncia contra publicidade da Rede Record. Em peças publicadas em jornais e revistas, a Record ironiza uma campanha da Globo, transformando o “Q de qualidade” em “Q de queda de audiência”.

• Pela terceira vez, o Roda Viva, da TV Cultura, ganhou uma apresentadora. Líllian Witte Fibe fechou em abril com a emissora e começou em junho à frente do programa, substituindo Carlos Eduardo Lins da Silva, novo ombudsman da Folha de S. Paulo.

• O mandato de Mário Magalhães como ombudsman da Folha de S. Paulo se encerrou no início de abril e o próprio optou por não renová-lo. Motivo: o convite para continuar no cargo estava condicionado a sua aceitação para deixar de escrever a crítica diária na internet. Magalhães não concordou e volta a ser repórter especial na sucursal Rio.

Maio
• O seqüestro e tortura de uma equipe do jornal O Dia foi um dos acontecimentos mais importantes no jornalismo. Uma repórter, um fotógrafo e um motorista do diário foram seqüestrados e torturados por um grupo de homens que pertencem a uma milícia que domina a Favela do Batan, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Eles passaram 14 dias no local para mostrar como é a vida numa região dominada por milícia, que controla tudo, como a venda de gás de cozinha e cobra para garantir a segurança dos moradores. O crime ocorreu no dia 14/05.

• O incêndio que atingiu na tarde de 20/05 um prédio localizado em Moema, na zona sul de São Paulo, foi manchete, por alguns minutos, dos principais sites de notícia do País. O problema é que, na pressa para informar seus leitores, alguns veículos online se basearam em informação da Globo News de que um avião havia se chocado com o prédio e não tiveram o cuidado de checar. “Avião atinge prédio em São Paulo” era uma das manchetes do Globo Online. Ao perceber o erro, minutos depois, o título mudou para "Incêndio atinge prédio em São Paulo". O UOL já foi mais categórico: “Avião da Pantanal cai na zona sul de São Paulo”.

• Uma assembléia entre credores do Grupo Três -- que inclui a Editora Três e mais quatro empresas de comunicação -- e as companhias garantiu na manhã de 20/05 um acordo contra o processo de falência do grupo de comunicação. As informações são do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP), José Augusto Camargo. A decisão, contudo, para ser oficial, precisa da aprovação da Justiça da 2ª Vara de Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, o que deve ser determinado nos próximos dias.

• Pelo terceiro ano, o Comunique-se vence o Prêmio iBest. O resultado, na categoria Mídia e Comunicação, foi divulgado em 20/05. O presidente do Portal, Rodrigo Azevedo, lembra que a comunidade é a principal responsável por este tricampeonato, já que é ela quem colabora com idéias, debates e também conteúdo. A vitória foi determinada pelos leitores, já que em Mídia e Comunicação só há votação popular.

• Depois de passar muito tempo lutando contra um problema cardíaco, o jornalista, advogado, escritor, professor e ex-senador Artur da Távola morreu na tarde de 09/05, no Rio de Janeiro. Ele tinha 72 anos.

Junho
• O principal assunto do mês de junho foi a especulação sobre a compra do Estadão pelo O Globo. A própria assessoria da Infoglobo, controladora do jornal carioca, confirmou que estava analisando a oportunidade de compra. Desde então, nenhuma novidade. Apenas rumores de que o Programa de Demissão Voluntária implementado pelo Grupo Estado seria um ajuste necessário para a concretização do negócio.

Demissões também marcaram o mês de junho na revista Caros Amigos. Após a saída do secretário da redação, Thiago Domenici, dez funcionários pediram as contas na publicação. Mylton Severiano, editor da revista, alegou que o esvaziamento da redação se deu por causa de desentendimentos no processo sucessório de Sérgio de Souza, fundador da Caros Amigos, falecido em abril.

• Uma entrevista concedida pela então pré-candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy, à Folha de S. Paulo deu o pontapé inicial nos processos contra veículos de comunicação por causa do processo eleitoral. Entidades classificaram o ato como um “risco à liberdade de expressão”.

• A TV Globo notificou a Rede Record por “possível ação de concorrência desleal”. Segundo nota divulgada pela emissora carioca, um funcionário foi demitido por ter supostamente passado informações sigilosas à concorrente. A Record respondeu também por comunicado à imprensa, negando as acusações e dizendo que a Globo passou “um 'recibo oficial' sobre a sua preocupação com o crescimento da RECORD".

• O então diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Orlando Senna pediu demissão do cargo e criticou o modelo de gestão da TV Brasil. Segundo ele, a concentração de poder na presidência não permite a autonomia operacional da emissora, o que inviabiliza a dinâmica necessária para a produção audiovisual. A presidente da EBC, Tereza Cruvinel, rebateu as críticas feitas por Senna.

• A emissora estatal foi acusada de censura pela Ordem dos Advogados do Brasil por ter retirado o programa “Direito em Debate” da grade de programação. O presidente da seccional Rio da entidade, Wadih Damous, afirmou que “razões políticas” foram determinantes para o fim do programa, mas depois voltou atrás dizendo que foi apenas um mal-entendido.

Julho
• Em julho, a Operação Satiagraha tomou conta dos noticiários e jornalistas passaram a ser notícia. Primeiro ponto: no relatório elaborado pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, foi pedida a prisão da repórter da Folha de S. Paulo Andréa Michael. Segundo ponto: também no relatório, Queiroz dedica um capítulo para supostas ligações entre jornalistas e o grupo do banqueiro Daniel Dantas. Terceiro ponto: a Rede Globo furou todo mundo, filmou o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta de pijamas e foi acusada de ter recebido informações privilegiadas. A PF abriu inquérito para apurar o vazamento para a Globo. Até um senador entrou com representações para apurar o vazamento de informações para a imprensa.

• Na onda da Satiagraha, um jornal do interior da Bahia confundiu os Dantas e publicou uma foto do ator, homônimo do banqueiro preso pela PF. Um jornal italiano fez a mesma coisa.


• Ainda no assunto de erros com imagens, o governo iraniano manipulou as fotografias de um teste com mísseis. Um dia, cederam uma foto para a AFP. No outro, uma imagem muito parecida, mas com um míssil a menos, foi enviada para a AP.

• A violência contra jornalistas também marcou o mês de julho. Equipes do O Globo, Jornal do Brasil e O Dia foram ameaçados por traficantes da Vila Cruzeiro durante cobertura da campanha do senador e então candidato à Prefeitura do Rio Marcelo Crivella. Em outro episódio, uma equipe da Bandeirantes foi assaltada a cerca de 200 metros do Palácio Guanabara, sede do Governo do Estado do Rio. Em São Paulo, a redação da Caros Amigos foi assaltada.

• O âncora do Jornal da Band, Ricardo Boechat, deixou a coluna no jornal O Dia. “Ficava impossível conciliar duas colunas semanais", justificou.

• O ministério do Trabalho criou um grupo de estudos para discutir a regulamentação da profissão de jornalista. Formado por representantes do governo, dos trabalhadores e do patronato, o grupo tinha 90 dias para apresentar relatório final.

Agosto
• Uma equipe de reportagem da TV Globo foi feita refém de integrantes do Hezbollah. Os correspondentes Marcos Losekann e Paulo Pimentel estavam fazendo matéria sobre uma lanchonete temática em Beirute quando foram abordados por militantes armados. Junto com eles estava o jornalista brasileiro Tariq Saleh, correspondente para a BBC em Beirute e também colaborador da Folha de S.Paulo.

• O colunista da Veja Diogo Mainardi foi condenado pelos crimes de difamação e injúria em ação movida por Paulo Henrique Amorim. Por sua vez, Mainardi, que sempre afirmou que “questões de imprensa devem ser resolvidas no âmbito da imprensa”, moveu processo por danos morais contra o iG e o jornalista Luis Nassif.

• O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) concluiu o jornalismo da TV Brasil é isento. Comissão criada para analisar as acusações feitas pelo ex-diretor do Repórter Brasil Noite Luiz Lobo de ingerência do Governo na emissora concluiu que o telejornal é “tecnicamente correto e politicamente isento”.

• A estatal também nomeou o jornalista e professor Laurindo Leal Filho para o cargo de ouvidor-geral. Porém, a ouvidoria só começará a funcionar em 2009.

• As emissoras da Rede Massa, do apresentador Ratinho, demitiram 14 jornalistas. Como explicação, a famosa “reestruturação interna”.

• O jornalista e crítico musical Luiz Paulo Horta foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele passou a ocupar a cadeira número 23, que pertenceu a Machado de Assis e estava vaga desde a morte de Zélia Gatai.

• Paulo Vinícius Coelho levou seu blog para o site da ESPN Brasil e ganhou uma coluna semanal na Folha de S. Paulo. Para assumir tanto um como outro, teve que deixar o Lance!, veículo para o qual colaborou desde sua fundação, em 1997, com poucas interrupções.

Setembro
• O deputado federal Celso Russomanno apresentou Projeto de Lei que permite que pessoas sem diploma de jornalismo exerçam a função, desde que possuam pós-graduação na área. O projeto também prevê a criação de conselhos de jornalismo e institui a realização de exame para a obtenção de registro profissional.

• O Governo Federal enviou Projeto de Lei que torna mais rígida a punição para quem vazar e quem publicar conteúdo de escutas telefônicas. Entidades consideraram a proposta lesiva à liberdade de imprensa. O ministro Tarso Genro, não.

• O Supremo Tribunal Federal prorrogou por mais seis meses a suspensão de parte dos artigos da Lei de Imprensa. A medida foi tomada porque o mérito ainda não havia sido julgado.

• Uma equipe de reportagem da Record foi ameaçada por moradores da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Eles foram obrigados a entrar na comunidade e ouviram gritos de “vocês vão ver o que é escrachar”, em referência ao bordão do apresentador Wagner Montes. No Mato Grosso do Sul, jornalistas de uma afiliada da emissora foram ameaçados por índios Terena.

Outubro
• Rede Globo explicou a queda na audiência do Jornal Nacional. Apesar dos números negativos, a emissora sustenta que “o prestígio do JN continua intacto, assim como a sua liderança absoluta. A despeito de oscilações circunstanciais, o JN tem demonstrado o mesmo fôlego de sempre”.

• Um erro na transcrição de uma entrevista do presidente do Equador, Rafael Correa, pela Folha de S. Paulo, causou mal-estar diplomático entre o Equador e a Colômbia.

• Luiz Carlos Azenha e Carlos Dornelles foram contratados pela Rede Record. Azenha será repórter especial, como Dornelles, que deixou a TV Globo.

• Funcionários da Empresa Brasil de Comunicação entraram em greve.

• A senadora Serys Slhessarenko apresentou projeto que revoga a Lei de Imprensa e dispõe artigos para a regulação de “abusos da liberdade de expressão”. A proposta foi criticada por entidades ligadas ao jornalismo, que a consideraram punitiva.

Novembro
• A eleição de Barack Obama presidente dos Estados Unidos foi o assunto do mês. Os jornais que noticiaram a vitória do democrata se tornaram artigo de coleção e, a primeira página do O Globo ganhou destaque mundial. Foi o único a publicar o nome inteiro do presidente eleito: Barack Hussein Obama.

• O áudio da reunião da cúpula da Polícia Federal que terminou com o afastamento do delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha vazou para a imprensa. Nas conversas, é revelada a existência de uma suposta lista manuscrita de jornalistas envolvidos com o banqueiro Daniel Dantas. “Mangabeira” seria o elo entre Dantas e a imprensa.

• A Lúcia Hippólito e Maurício Martins assumiram a apresentação do CBN Rio. Eles substituíram Sidney Rezende, demitido da rádio. O último CBN Rio apresentado por Sidney foi ao ar em 24/10. Ele, que participou da fundação da Rádio CBN, anunciou a despedida da emissora em seu site, mostrando-se surpreso e triste. “Uma idéia fixa martela a cabeça: preciso dizer ao ouvinte que me acompanha há 23 anos que quando ele ligar o rádio segunda-feira eu não estarei lá”, escreveu. Outra demissão que provocou surpresa entre jornalistas e ouvintes foi a de Roxane Ré, na CBN São Paulo.

• No inquérito que investiga os vazamentos da Satiagraha para a imprensa, a Polícia Federal foi acusada de quebrar o sigilo telefônico de jornalistas sem autorização judicial. A PF nega.

• Surgiram boatos de que a Record se separaria da Igreja Universal. A emissora negou.

• O professor José Marques de Melo foi indicado pelo Ministério da Educação para comandar comissão que vai estabelecer novas normas e diretrizes curriculares dos cursos de jornalismo.

• Depois de nove anos de casa, o narrador Silvio Luiz e o apresentador Guilherme Arruda, do Band Esporte Clube, foi um dos sete demitidos da equipe de Esportes da Band. Ele continua no BandSports.

Dezembro
• A notícia do mês foi o sapato atirado por um jornalista americano contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante uma entrevista coletiva. O julgamento de Muntazer al-Zaidi estava marcado para hoje, mas foi adiado.

• A jornalista da Folha de S. Paulo Elvira Lobato foi a grande vencedora do Prêmio Esso. A reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial” foi alvo de centenas de processos abertos por fiéis da igreja.

• O Ministério Público Federal (MPF) pede uma indenização de R$ 1,5 milhão à Rede TV! pela exibição e uma entrevista com Eloá Cristina Pimentel e Lindemberg Alves, seqüestrador e autor da morte da ex-namorada.

• Mais um fim de ano com demissões. No Correio Braziliense, 11 jornalistas foram demitidos. Na Gazeta Mercantil, 12 funcionários foram dispensados e no Jornal do Brasil, quatro.

• No JB, informações dão conta de que a revista Ponto TV será relançada com patrocínio da Rede Record. Tanto a emissora quanto o jornal negam a informação.

• Após 59 anos, a Tribuna da Imprensa parou de circular.

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